Ave Maria, Cheia de Graça...
Peraí que estou rezando em agradecimento a chegada do último isopor. Só um um momento......
Amém!
Agora sim!! Agora estou revigorada, as olheiras se foram, estou dormindo como um anjo (nem tanto...), o bucho tá cheio!!! Graaaaaças a Deus! A comida da minha terra não alimenta só o meu corpo, mas alimenta também a minha alma. Podem acreditar.
Neste último domingo recebi em casa minha melhor e mais antiga amiga (desde a oitava série no Gentil), a Verônica. Ela veio à Floripa para um congresso e chegou no domingo de manhã cedo para que pudéssemos passar o dia todo juntas, antes de ela ir para o hotel, já que minha casa fica distante de onde o eventol iria acontecer. Aproveitamos então o dia para fazer um almoço paraense, regado a lembranças e muita risada! Era tudo o que eu precisava!
No cardápio os quitutes recém chegados do Pará.
Apresento-lhes:
O Ilustríssimo Tucupi
Este líquido amarelo é feito do sumo da mandioca que é ralada e espremida até sair essa coisa linda aí. Depois ele é fervido com alho e sal. Este já veio pronto. Aliás, recebemos 4 litros. Agora só restam 2 litros. Fraaaaaaca!
Para acompanhar, na falta do pato assado ou do peixe cozido, amasiado comprou aqueles frangos "Tv´s dog" (é minha filha, eu de bucho cheio fico um nojo de chique):
Tudo bem, aqui o pobre já tá todo "mexido". É pra vocês terem uma idéia da voracidade...
Ah, deixa eu adiantar que na hora da fome, não tem pavulagem aqui em casa. A comida é servida na panela e o copo é de "prástico". Sorry. Zero glamour.
Somados a estes dois ítens, temos o arroz branco, a farinha e o jambú (que vai aparecer aqui já já), que é uma folha cozida, com propriedades anestesiantes e é justamente esta sensação que provoca na boca: amortecimento. Um show de sensações. Todos estes ingredientes juntos ficam assim ó:
Bem brasileiro, né?Até nas cores! Recapitulando: aqui tem arroz branco, tucupi (amarelo), jambú (folha verde), frango assado (lá usamos o pato assado) e farinha (também feita da mandioca). Nós e isso, juntos, ficamos assim ó:
Eu não apareço porque tava de boca cheia, descabelada e tirando a foto, né?! Não queria assustar vocês...
Na foto estão Véro e amasiado, no maior bate papo, afinal ela o conheceu muito antes de mim, na faculdade e foi quem me apresentou a ele. Eu apaixonei, ele nem tchum pra mim. Ah, e como estamos juntos hoje? Reencontro, 13 anos depois. Mais essa história eu conto uma outra vez!
O post finalizando e vocês devem estar se perguntando o que o título tem a ver com essa comilança toda.... Sabe o que é, meu povo? É que por mais que more longe, a vontade do paraense de estar com seu povo, com as suas coisas, raízes e comida é que nem coceira de macaco: diminui, mas não passa!!!!!