Era meu primeiro dia na faculdade (1992, Belém -Pa), eu não cabia em mim de tanta alegria, cheia de expectativas, de curiosidade, de ansiedade, de medos... Um turbilhão de emoções, típicas de todo momento que antecede a mudança. Uma amiga que já vivenciava o clima acadêmico no curso de engenharia civil há um ano, me tranqüilizou: "não te preocupa, eu te apresento um pessoal legal e a noite te levo para o forró dos calouros!". Oba! - pensei. Então a noite, lá estava eu, rodopiando no salão, cercada pelos amigos e amigas dela.
Algum tempo depois, tu chegastes. Nunca vou esquecer do quanto me impressionastes: não era alto, usava uma mochila nas costas, e sorria. O sorriso mais lindo que eu já tinha visto. Encantei. Chegastes perto, me chamastes pra dançar e fui. Assim foi a noite toda. Muita dança, muitos sorrisos. O nome dele? Aurélio. Com o fim da festa, cada um foi para o seu lado e eu fiquei assim... abestada, abobada, encantada.
Foram dois meses de enamoramento (da minha parte), de idas diárias ao bloco da engenharia pra, quem sabe, te ver. E eu te vi muitas vezes. Puxava conversa e tu sempre fostes muito educado... Demorou pra eu aceitar que o interesse era unilateral...Quatro anos depois eu me formei, tu também. Soube que estavas namorando, mas eu também já havia seguido outros caminhos.
Doze anos depois, em Florianópolis, na praça de alimentação de um shopping, perdi o fôlego quando, sem querer, olhei pra ti e te reconheci. Será?! Sim, era ele, Aurélio. O mesmo sorriso, o mesmo olhar.
Seis anos se passaram desde este reencontro e ainda tenho o mesmo encantamento. Tu és o meu amor, o meu marido, o meu melhor amigo, o meu namorado, a pessoa que eu mais amo na vida. Quando te olho, sinto uma certeza doce e inexplicável de que ao teu lado estarei por muitos anos... Quem sabe a vida toda.
Que assim seja, apesar de nossas diferenças, sempre com cumplicidade e confiança.
E este post é especialmente pra ti, Aurélio. Feliz dia dos namorados!