26 de agosto de 2009

É Proibido Amar sem Amor.

Ontem li dois posts de amigas da blogosfera sobre como elas amam os animais e repugnam os maus tratos também... Concordo com elas em todos os sentidos.
Aproveitei e comentei com elas o que vou contar pra vocês agora: eu tenho 2 gatinhos, ou melhor 2 filhos, ou melhor ainda 2 amigos, ah tudo isso junto!. O primeiro é o Valentim e ele está comigo a 11 anos, desde que vim morar em Floripa. O encontrei em uma feira de animais onde fui somente pra passar o tempo, sem intenção nenhuma de adquirir nem um peixe beta, quanto mais um gato. A outra (sim, é uma menininha!) é a Mimi que chegou aqui em casa faz um ano da maneira mais inesperada possível, porque foi uma doação de um casal conhecido.
Então me permitam escrever e dividir com vocês um pouco desse meu amor por estes dois, que só quem tem ou teve um bichinho em casa é capaz de entender  exatamen te  o que é isso.
Quando cheguei até aquela tal feira de animais que citei antes, fui só pra passear, espairecer a cabeça depois de um dia de trabalho. Eu estava morando em Floripa fazia apenas 6 meses e sentia muita falta de casa, de Belém, dos amigos... Bom dizer que SEMPRE tive gatos. Em casa um sumia, mamãe já arrumava outro; morria, lá ia mamãe ou vovó ver se não tinha algúm gato "sobrando" pela vizinhança, e claro, sempre tinha... As vezes vinham filhotes e logo eu virava a mãe deles, e depois de um tempo avó. Teve uma vez que fui tataravó!
Mas voltando à feira de animais. Eu andando por lá e vendo todo tipo de gato: pelado, peludo, zolhudo, magro, gordo, despenteado, branco, preto, cinza, amarelo. Pra mim, um paraíso! E eis que vejo, a certa altura, aquela bolota de pelos dentro de uma gaiola, dormindo... Sim, ele dormia o sono dos anjos. Apesar de todo o alvoroço da feira ele nem tchum. Fiquei observando, esperando pra ver se ele acordava. Já não era mais um filhote, tinha 8 meses. Como ele não abria acordava, perguntei pra dona do stand se eu poderia pegá-lo no colo e ela disse que sim. Gente, foi um dos momentos mais inesquecíveis da minha vida (me emociono só de lembrar): ela me entregou nos braços aquela coisa fofa, ainda de olhos fechados, e que eu segurei como se fosse um bbzinho (assim naquela posição de amamentar, sabe?) com as patinhas pra cima. Foi então que ele, beeeem preguiçosamente, abril os olhos e me olhou.... Perai, não consigo lembrar disso sem chorar...
Ele abriu os olhos e eles eram (são) de um azul da cor do céu e o olhar dele foi como se ele já fosse meu desde sempre, como se ele quisesse apenas ter certeza que era eu. E voltou a dormir.
Naquela hora tive até medo de perguntar o preço, mas desde quando amor tem preço? Eu já estava completamente apaixonada! Não tinha mais remédio. Não quis nem saber e mesmo entendendo que eu não teria condições para isso, disse pra moça: "Eu vou levar pra casa". Deixei lá 4 cheques (borrachuuuudos) que depois eu teria que pedir socorro à mamãe pra cobrir, mas ela iria (deveria!) entender, eu tinha certeza...  E ele foi comigo, dentro de uma gaiolinha que a moça me deu de presente e nunca mais nos separamos.
Sempre me disseram que "gato é da casa, não do dono". Olha, pode ter casos assim, mas minha experiência foi diferente sempre. Desde que moro em Floripa já mudei de casa 5 vezes nestes 11 anos e o Valentim sempre encarou tudo numa boa. Chega, cheira tudo, faz um xixi ali, outro acolá (mas não no box!) e pronto. A casa é dele também. Tudo na maior tranquilidade. É como se ele me dissesse: "se eu estou contigo, tá tudo bem."
Desde que a Mimi chegou, tem sido muito difícil pra ele. Ela já apanhou muito e temos que deixar os dois em ambientes diferentes da casa. Cada um no seu quadrado. Mas eu sofro por ele. Não queria que ele sentisse como se não fosse mais amado... Mas como explicar isso? Nem quando a Mimi entrou no cio ele quiz conversa com ela... Ei!!! Eu tenho certeza que ele é espada, tá?!
Amasiado, que chegou depois entre nós, também é apaixonado por ele. Ele o "adotou" como filho dele e isso foi definitivo na nossa relação. Parece doideira, né? Mas não sei se teria ido pra frente se ele não gostasse de gatos, até porque somos um "pacote": leve os dois, ou nenhum.
Mas pra finalizar (ai, nem falei muito da Mimizinha...Mas vou colocar fotos!), ter um animal de estimação em casa é sinônimo de amor verdadeiro, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe. Se não for assim, com responsabilidade, tu estás amando sem amor. Jurei cuidar deles pra sempre. Mesmo depois que o Valentim (que é o mais vivido - velho não!) não tiver mais nenhum dentinho pra doer (um já foi) e eu tenha que amassar a ração no garfo e dar na boca com colher, eu o farei. Com todo o meu amor.
PS: a frase título do post é do poeta Thiago de Melo e minha tia tinha na parede da casa dela um poster enorme, com uma orquidea ampliada e essa frase... Nunca esqueci!
PS2: Conseguem saber qual é o Valentim e qual é a Mimi?

13 comentários:

Beth/Lilás disse...

Ah, que amor!
O Valentim deve ser este fofo com penduricalho amarelo no pescoço, na foto do meio, né!

Realmente gatos são muito fofos e queridos pelos donos e até eu já estive pensando em adotar um, mas maridex não vai com a cara de bichanos.

Tenho uma cadela, já está velhinha, lá em Petrópolis e é nossa querida companheira há 12 anos, não late nem suja fora do lugar. É uma lady.
Bichos são sempre os melhores amigos do homem.

Veja minha Emmyzinha:

http://supremamaegaia.blogspot.com/2008/05/akita-mais-bonita-do-pedao.html

beijos cariocas

Anunciação disse...

Que fofuras!Menina,adoro gatos e aqui em casa é meio parecido com a casa de sua mãe e avó;ixe,quando um morre,eu choro,faço a cova eu mesma,embrulho o bichinho num pano bem bonitinho e enterro;passo dias pensando e sei mesmo depois de muito tempo,o local onde os coloquei.Felicidades com os seus queridos.

Elaine Gaspareto disse...

Olá!
Como não se emocionar? Miemocionei desde o começo...
Tenho 4 cachorros. Já tive 12.
E já alimentei filhote com chuquinha, velhinho com papinha e doentinho com seringa. De dia, de tarde, de noite, de madrugada. Choro por eles, brigo por eles e amo com todo o meu coração. Aliás aprendi amar com eles.
Quem é o Valentin e quem é a Mimi? Sei dizer não...
Beijos para todos. Menos para amasiado pois marido(meu) era capaz de não gostar...

Unknown disse...

Que gatos lindos, eu amo gatos, há algum tempo nao tenho nenhum, mas estou com um "emprestado" por duas semanas de uma amiga que foi viajar, sao seres especiais!!!

Bjos!

Solange Maia disse...

Também adoro bichossss... são tão quentinhos... companheiros, amigos...

Lindos os seus... dá vontade de beijar...

Ivana disse...

Bethinha, acertou!! A Mimi está na foto em que aparecem os dois na cama, ela em primeiro plano e na última, nos braços do amasiado.
Ví sua lindona e deixei comentário lá...
Pena que seu marido não goste muito de gatos... Eles são tão companheiros, mas é uma companhia mais silenciosa...
Beijo.
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Anun, nem me diz! Eu nem gosto de pensar na morte de nenhum deles. E aqui eu nem tenho quintal... Que vou fazer?
A "safra" de gatos na casa da minha avó parou. O último que ela teve - depois que eu já morava em em Floripa - chamado Pimpolho, morreu envenenado... Ela sofreu tanto que decidiu nunca mais ter nenhum...
Beijo.
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Carla, tb concordo contigo. Nós, quando viajamos, temos um amigo querido que vem aqui em casa todos os dias limpar liteira, colocar comida, etc. Tão especiais qto nossos gatos, são os amigos que fazem isso pela gente, viu?
Beijo.
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Solange, uma das coisas que mais gosto é da costelinha deles na cama. AMO dormir com meus gatinhos.
Beijo.

Anônimo disse...

Adoro bichos, queria um cãozinho mas minha casa é miúda, então comprei uma colapsita...apaixonei, parece um cãozinho de asa, q bichinho inteligente, companheiro..

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Menina, as criancas aqui em casa andam doidas por um bichano, eu tô aqui segurando as pontas porque o Christian é alérgico, fica roxo, lilás cor de rosa, tosse e espirra sem parar com um desses, mas ele adoraria ter um desses aqui em casa; eles sao mesmo uns amores e carinhosos;

Vc já viu mae de gêmeos idênticos nao saber o nome do filho? Claro que sabe, rs.

Um beijo grande

Ivana disse...

Luciana, olha a ignorância: fui procurar no google pra saber o que er um(a) colapsita! Ave, que é aquele piriquitinho (parece com piriquito) com o cabelinho em pé! Coisa mais foooooofa! Sabes que uma vez tentei ter um peixe beta, mas o Valntim matou o bichinho no olhar, acreditas? Jogou tanto olho gordo no peixinho que ele não durou 24h aqui em casa... Ele passou um dia inteiro só olhando e banlançando o rabo... Ou quem sabe o peixe suicidou-se! Vai saber.
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Georgia, é tããããããoooo bom ter um gatinho!!! Quem sabe se tu comprasses um mais peladinho... Um persa não pode ser porque solta muito pêlo! Aqui em casa tem pêlo em TUDO! Pensa num lugar que se tu fores com uma roupa preta, tu vais sair branca de lá. Pensou? Pois aqui em casa é mais. Não tem aspirador que dê conta. Em compensação, como postei, convivemos com isso na boa, porque vale muito a pena por eles dois.
Beijo.

Lúcia Soares disse...

Na casa dos meus pais sempre teve gatos e eram muito amados. Os nomes eram de personagens da novela mais famosa da época, e a maioria sempre foi de gatas. Eu não gostava nem desgostava, mas minha irmã Malu era a dona "oficial" de todas. Bichinho em casa sempre é bom. Bj

Anônimo disse...

Ai que história linda a desse amor.
Eu também tenho um amor assim maior que tudo por 4 pares de olhos, só não são azuis: Tem verde, amarelo, pretinho... Tem uma gatinha que inclusive tem um olho só, mas tem tanto amor pra mostrar com esse "um só".
Amei conhecer seu blog, vou voltar sempre.

Nade T. disse...

Que lindo, Ivana!!!
Adorei a sua história com o Valentim, amor à primeira vista! Também sempre acreditei que essa história de que o gato é da casa e não do dono é pura balela, pois já tive um gato em que mudamos de casa três vezes e ele foi junto, bem parceiro.
Não tem coisa melhor que ser recebida em casa com tamanha alegria e sentimento? Isso, não tem preço! Parece comercial do Mastercard... hehehehe
Bjs e um super domingo, querida!

Ivana disse...

Lúcia, lá em casa tmbé só tinhamos gatas. Sabes por quê? Porque elas caçam! Casa que tem gata, afugenta os ratos, já dizia a minha avó!
Beijo!
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Ashram, obrigada pela sua visita e fui visitar seu "cantinho" e fiquei curiosa... Where are u from?
Beijo.
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Naaaade, bom te ter por aqui sempre!
Realmente não tem preço ser recebida em casa com tanto carinho. Tu sabes que o amasiado já comprovou. A noite, quando eu volto pra casa, antes mesmo de eu abrir o portão lá embaixo, no prédio, o Valentim já sabe que eu estou chegando. Momentos antes, já levanta e, silenciosamente, senta em frente a porta do apto. Assim até o Aurélio sabe qdo vou chegar. Impressionante a conecção que eles tem com a gente, né?!
Beijo!